Hoje, dia 17 de Junho, assinala-se o Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais.
Neste dia, há precisamente 3 anos, pelas 14 horas, deflagrou em Pedrógão Grande um dos maiores incêndios da história da Europa, que provocou a morte a 66 pessoas e 7 feridos graves, de um total de 253 feridos, tendo ainda destruído cerca de 500 casas e 50 empresas.
Recordamos ainda que 47 pessoas morreram cercadas pelas chamas na Estrada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.
O incêndio de Pedrógão Grande, que também alastrou a concelhos vizinhos, só foi extinto uma semana depois.
Os incêndios em Portugal são, na sua maioria, de origem criminosa, mas a responsabilidade também é da corrupção passiva e activa na contratação dos aviões de combate a incêndio, da falta de prevenção e de planeamento no combate aos mesmos e das falhas de coordenação e tratamento de informação no terreno.
O Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra abriu um inquérito, que investigou as responsabilidades no fogo com início em Pedrógão Grande.
Foram acusados e ainda aguardam pela data do julgamento: os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos; a engenheira florestal no município de Pedrógão Grande na altura; o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut; os subdirectores da EDP José Geria e Casimiro Pedro; e três arguidos com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.
Para além dos incêndios, Portugal tem outro grave problema que é o estado da nossa Justiça, pois até à data ainda não houve qualquer sessão de julgamento e ninguém foi responsabilizado pelas mortes e feridos nos incêndios de Pedrógão Grande.
Mas não é só a nossa Justiça que falha e falhou, não nos podemos esquecer que o Senhor Presidente da República, O Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, prometeu ao Sr. Manuel, proprietário de uma das casas ardidas, que tudo se ia resolver, mas ele morreu sem ver a casa novamente de pé.
Hoje é dia de voltar a chorar os mortos e também de pensar no futuro, por essa razão apoiamos o repto da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande que lançou o desafio aos portugueses para fazerem turismo solidário nos concelhos que forma mais afectados em 2017.
Assim, porque mais uma vez as nossas instituições não funcionam e têm de ser os portugueses a ser solidários para quem perdeu tudo, deixamos aqui algumas das principais atracções que podem visitar nos 3 concelhos mais atingidos pelos incêndios de Pedrógão Grande:
PEDRÓGRÃO GRANDE
– Igreja Paroquial de Pedrogão Grande / Igreja de Nossa Senhora da Assunção
– Les Jardins de la Quinta das Mil Flores
– Museu Pedro Cruz
– Praia Fluvial Mosteiro
– Casa Museu Comendador Manuel Nunes Corrêa
CASTANHEIRA DE PÊRA
– Praia das Rocas
– Cascata da Ribeira das Quelhas
– Baloiço da Piscinas de Nossa Senhora da Piedade (Lousã)
– Serra e Castelo da Lousã
– Aldeias de Xisto (Talasnal)
– Passadiço da Ribeira das Quelhas
FIGUEIRÓ DOS VINHOS
– Fragas de São Simão
– Aldeia de Casal São Simão
– Museu e Centro de Artes de Figueiró dos Vinhos
– O Casulo
– Igreja de São João Baptista
– Confeitaria Santa Luzia